Já pensou em como grandes artistas criam suas obras-primas? Spoiler: eles não inventaram tudo do zero. Essa é exatamente a ideia que Austin Kleon traz no livro Roube como um Artista. O autor nos convida a abandonar a pressão de sermos completamente originais e, em vez disso, abraçar o poder de se inspirar nas ideias ao nosso redor.
Kleon, além de escritor, é um artista visual que entende profundamente o processo criativo. Ele acredita que a criatividade não é sobre inventar algo totalmente novo, mas sobre pegar boas ideias, adaptá-las e transformá-las com a sua visão. Sim, ele defende que “roubar” é essencial – mas calma, ele não está falando de plágio.
O objetivo do livro é simples: desmistificar o processo criativo e mostrar que todo mundo pode criar, mesmo que não saiba por onde começar. Afinal, quem nunca travou por achar que não tinha uma ideia boa o suficiente?
E o título? “Roube como um Artista” é uma provocação. Ele te desafia a pensar diferente: em vez de esperar pela ideia perfeita, aprenda a observar, se inspirar e criar algo novo a partir disso. Porque, no fim das contas, ninguém começa do zero – nem os maiores gênios da história.
E a nossa missão aqui será trazer um resumo do livro Roube como um Artista, para que você possa aprender todas as técnicas e estretégias criativas de Austin Kleon.
Roube Como um Artista: Resumo do Livro
O livro Roube como um Artista apresenta um verdadeiro manifesto criativo para quem deseja explorar e potencializar sua criatividade. Escrito por Austin Kleon, a obra destaca a importância de absorver ideias, reaproveitá-las e transformá-las em algo único e novo.
Composto por 10 princípios fundamentais, o livro guia leitores que buscam estimular sua inventividade e encontrar caminhos para levar a vida de maneira mais criativa. Vamos entender cada um desses princípios e entender como aplicá-los no dia a dia para desbloquear o potencial criativo.
Capítulo 1: Roube Como um Artista
Quando li o primeiro capítulo de Roube como um Artista, percebi que estava diante de uma ideia que, embora simples, é incrivelmente libertadora: nada é completamente original. Sério, pensa comigo. Quantas vezes você já teve aquela sensação de que tudo já foi feito antes? Parece desanimador, mas Austin Kleon vira esse jogo e mostra que isso é, na verdade, uma oportunidade incrível.
O autor explica que “roubar”, no contexto criativo, não é copiar ou plagiar. É sobre se inspirar nas ideias ao nosso redor e usá-las como um ponto de partida. E isso me fez refletir: até os maiores artistas, cientistas e inovadores da história eram mestres em “roubar”. Eles não criavam no vazio – eles absorviam influências de várias fontes, misturavam tudo e transformavam em algo único.
Aqui entra um ponto crucial: escolher bem de quem roubar. Kleon deixa claro que, se você quer criar algo incrível, precisa se cercar de boas influências. Não basta olhar para qualquer coisa – você precisa buscar inspiração em artistas, livros, músicas e até experiências que realmente te toquem. É como montar uma biblioteca mental cheia de referências poderosas.
Enquanto lia, comecei a observar as coisas que já me influenciavam no dia a dia. Filmes, textos, até conversas casuais. E sabe o que percebi? Quando você reúne essas inspirações e deixa sua personalidade entrar no processo, algo mágico acontece: as referências se transformam em algo novo. Aquele detalhe que você pegou de um filme, somado a um conceito de um livro e misturado à sua vivência, vira algo só seu.
Kleon ainda sugere uma prática que achei fantástico: crie um “catálogo de influências”. Faça uma lista dos seus artistas favoritos, dos livros que mudaram sua vida, das músicas que mexem com você. Assim, você tem uma base sólida de onde tirar inspiração sempre que sentir que sua criatividade travou.
Pra mim, esse capítulo foi um baita alívio. Ele me fez entender que ninguém começa do zero – e que está tudo bem se inspirar nos outros, desde que você transforme isso em algo que tenha a sua cara. E, como Kleon mesmo diz, roube com orgulho e, acima de tudo, como um artista.
Capítulo 2: Não Espere Até Saber Quem Você é para Começar
Esse segundo princípio de Roube como um Artista caiu como um tapa na minha cara – mas daquele tipo de tapa que você agradece depois. Austin Kleon diz algo que é tão simples quanto revolucionário: você não precisa descobrir quem é para começar a criar. E, olha, isso faz todo sentido.
Eu sempre fui daqueles que acha que precisa estar “pronto” para começar qualquer coisa. Sabe aquele pensamento do tipo “vou esperar até ter mais experiência” ou “ainda não estou bom o suficiente”? Pois é. Só que, segundo Kleon, a gente só descobre quem é fazendo. Criar, experimentar, errar – tudo isso faz parte do processo de entender o que realmente funciona pra você.
Enquanto lia, percebi como o autor aborda a criatividade de forma prática. Ele não romantiza o processo de criação, como se fosse algo que só acontece quando você está inspirado ou completamente seguro de si. Pelo contrário, ele diz: comece agora, mesmo que você não saiba exatamente o que está fazendo. O aprendizado vem na caminhada, e não antes.
Outra coisa que me marcou foi quando ele falou sobre experimentar e falhar. Kleon é direto: não tenha medo de errar. Afinal, cada tentativa – mesmo as que parecem desastrosas – te aproxima mais do seu estilo, do seu jeito único de criar. E isso me fez pensar: quantas ideias boas eu já deixei de colocar no mundo só porque estava esperando pelo “momento certo” ou pelo “projeto perfeito”?
E aí vem a parte do perfeccionismo. Ah, o perfeccionismo… Kleon mostra que ele é um dos maiores inimigos da criatividade. Sabe por quê? Porque o perfeccionismo te paralisa. Ele te faz pensar que tudo precisa sair impecável logo na primeira tentativa, quando, na verdade, o progresso acontece com a prática, não com a obsessão por perfeição.
O autor dá até uma dica que comecei a usar na hora: se permita criar algo ruim. Sim, isso mesmo. Faça sem se preocupar em ser um gênio. Às vezes, a gente só precisa tirar a ideia da cabeça e colocá-la no papel, no teclado ou onde for. É a partir disso que você pode ajustar, melhorar e, quem sabe, criar algo realmente revolucionário.
O que ficou de lição pra mim nesse capítulo foi bem claro: não espere. Mesmo que você se sinta inseguro, comece. A criação é um caminho, não um destino final. E, quanto mais você faz, mais vai se descobrindo – como artista e como pessoa.
Capítulo 3: Escreva o Livro que Você Quer Ler
Esse terceiro princípio de Roube como um Artista foi um daqueles momentos em que parece que o autor está falando diretamente com você. Austin Kleon faz uma pergunta poderosa: o que você gostaria de consumir, mas não encontra por aí? Ele nos encoraja a criar exatamente aquilo que a gente sente falta – seja um livro, uma música, uma arte ou qualquer outro tipo de projeto.
Enquanto lia, fiquei pensando em quantas vezes já senti que algo estava faltando no mundo criativo. Aquela sensação de “poxa, bem que podia existir algo assim”. E sabe o que é incrível? Kleon diz que esse vazio que você percebe é, na verdade, uma oportunidade. Se algo não existe, talvez seja porque você é a pessoa certa para criá-lo.
Ele usa o exemplo dos livros – mas a ideia vale pra qualquer coisa. Pense no seu livro favorito. Por que você ama tanto ele? É provável que seja porque ele fala de algo que mexe profundamente com você. Agora, imagine se esse livro nunca tivesse sido escrito. Triste, né? Pois é exatamente isso que acontece quando você deixa de criar algo que poderia preencher essa lacuna.
Kleon também me fez refletir sobre a importância de criar para você mesmo primeiro. Parece simples, mas quantas vezes a gente fica preocupado em agradar os outros, atender às expectativas ou seguir tendências? Segundo ele, criar algo que você amaria consumir é o ponto de partida mais genuíno e poderoso. É como se você fosse o seu primeiro cliente. Se você gosta, é bem provável que outras pessoas também gostem.
E sabe o que é mais interessante? Ao preencher essas lacunas, você não está só criando algo novo – está contribuindo para sua área ou mercado de forma única. Isso ressoa muito comigo, porque Kleon não fala apenas sobre seguir sua intuição; ele nos lembra de olhar ao redor, identificar o que falta e, então, agir para preencher esse espaço com algo autêntico.
Desde que li esse capítulo, passei a prestar mais atenção no que consumo. Seja um podcast, um filme ou até posts nas redes sociais. Comecei a me perguntar: o que eu sinto falta aqui? Como eu poderia criar algo diferente? E essa simples mudança de mentalidade tem me ajudado a encontrar ideias novas e, principalmente, motivação para colocá-las em prática.
No fim das contas, a lição aqui é clara: crie o que você gostaria de encontrar no mundo. Seja ousado, escute seus desejos e confie que, se isso ressoa com você, vai ressoar com outras pessoas também. Como Kleon diz, você é a melhor pessoa para escrever o livro (ou criar o projeto) que você quer ler.
Capítulo 4: Use Suas Mãos
Esse capítulo de Roube como um Artista foi um daqueles que me fez parar, olhar em volta e pensar: “Será que eu estou me desconectando da essência de criar?” Austin Kleon nos convida a tirar as ideias da tela e trazer o físico de volta para o nosso processo criativo. E, sinceramente, fez todo sentido pra mim.
Hoje em dia, quase tudo o que fazemos é no digital, né? Desde planejar até executar. Computador, celular, tablet – é tanta tecnologia que a gente mal lembra como é criar com as mãos. Mas Kleon defende algo poderoso: o trabalho manual pode transformar sua criatividade. Escrever à mão, rabiscar ideias no papel ou até fazer colagens e protótipos com materiais simples trazem uma conexão única com o que estamos criando.
Eu lembro bem do exemplo dele sobre escrever à mão. Ele fala que, ao usar um caderno e uma caneta, você entra em um estado diferente, quase meditativo. É como se o movimento das mãos ajudasse as ideias a fluírem de um jeito mais natural. E não é só isso: quando você sai do digital, as distrações desaparecem. Não tem notificação pipocando, e a sua mente consegue se concentrar melhor.
Inspirado por esse capítulo, decidi tentar. Peguei um caderno que estava esquecido na gaveta, junto com uma caneta comum, e comecei a rabiscar. No início, parecia meio bobo – afinal, era tão mais rápido digitar no computador! Mas, conforme eu desenhava mapas mentais e anotava ideias, percebi algo mágico: minha criatividade estava fluindo mais livremente. Era como se as ideias ganhassem vida no papel, sem filtros, sem pressão.
Kleon também fala sobre o valor de criar com materiais tangíveis. Sabe aquela sensação de cortar, colar, pintar ou montar algo com as próprias mãos? Ele acredita que isso não apenas ajuda a desbloquear novas ideias, mas também nos aproxima do ato de criar como algo humano, quase primitivo. E eu concordo. É um tipo de satisfação que nenhum clique ou tecla pode proporcionar.
Desde que li esse capítulo, comecei a incluir mais trabalho manual no meu dia a dia. Seja rabiscando planos, seja criando pequenos projetos fora do computador. E, olha, percebi que usar as mãos ativa uma parte diferente da nossa mente. O processo deixa de ser apenas lógico e linear; ele se torna mais instintivo e visual.
No final, a mensagem que ficou pra mim foi essa: se desconecte para se reconectar. Dê um tempo do digital, coloque as mãos na massa e veja como isso transforma o seu jeito de criar. Porque, como Kleon bem diz, nossas mãos têm uma sabedoria própria – e, às vezes, é exatamente isso que está faltando para destravar a sua criatividade.
Capítulo 5: Projetos Paralelos e Hobbies São Importantes
Quando cheguei nesse capítulo de Roube como um Artista, parecia que Austin Kleon estava me dizendo: “Relaxa, tá tudo bem ter mil coisas acontecendo ao mesmo tempo.” Eu sempre tive essa sensação de culpa por me envolver em vários projetos paralelos ou investir tempo em hobbies que não pareciam “produtivos”. Mas Kleon mostrou que, na verdade, essas coisas são combustível para a criatividade.
Ele explica que trabalhar em diferentes projetos ao mesmo tempo não é dispersão – é uma forma de manter a mente fresca e as ideias circulando. Quando você fica preso a um único projeto ou meta, corre o risco de se esgotar ou cair na monotonia. Mas, ao ter algo paralelo, é como mudar de ares: você dá um descanso criativo para a cabeça enquanto alimenta seu lado inventivo de um jeito diferente.
E os hobbies? Ah, esse foi um ponto que mexeu comigo. Sempre achei que meus hobbies – coisas como cozinhar, desenhar ou até montar quebra-cabeças – eram só distrações. Mas, segundo Kleon, eles podem ser fontes poderosas de inspiração para sua arte principal. Ele fala que esses interesses “secundários” são, na verdade, uma forma de explorar novas ideias, técnicas e perspectivas. Quem diria que minha tentativa desajeitada de aprender violão poderia, de alguma forma, influenciar meu trabalho com palavras?
Lendo esse capítulo, me veio à mente o exemplo de grandes criativos que tinham hobbies fascinantes. Einstein adorava tocar violino, e Steve Jobs era obcecado por design. Essas coisas não eram diretamente ligadas ao que eles faziam, mas claramente ajudaram a moldar suas mentes criativas. Faz sentido, né? Quando você explora algo fora da sua zona de conforto, você se permite aprender de maneiras inesperadas.
Uma das coisas que mais me marcou foi o conselho de Kleon sobre não descartar essas paixões paralelas. Ele diz que, mesmo que você não veja a ligação de imediato, os hobbies têm o poder de enriquecer o seu trabalho. Isso me fez olhar para os meus próprios interesses com outros olhos. Aquela vontade de experimentar cerâmica ou aprender fotografia deixou de parecer perda de tempo e passou a ser uma oportunidade de crescimento criativo.
Desde então, comecei a dar mais espaço para esses projetos e hobbies. Percebi que, quando estou travado em algo, basta mudar o foco para outra coisa. É incrível como uma ideia que parecia impossível de resolver surge do nada enquanto faço algo totalmente diferente, como preparar uma nova receita ou pintar um quadro. A criatividade gosta de movimento, e os hobbies ajudam a manter a roda girando.
No fim das contas, o que aprendi com esse capítulo é que você não precisa escolher entre uma coisa e outra. Suas paixões podem coexistir – e, melhor ainda, se alimentar mutuamente. Então, por que não aproveitar isso? Como Kleon mesmo diz, projetos paralelos e hobbies não são distrações; eles são a base para uma vida criativa rica e equilibrada.
Capítulo 6: O Segredo é Faça Um Bom Trabalho e Compartilhe-o
Quando li esse capítulo de Roube como um Artista, confesso que fiquei refletindo por um bom tempo. Austin Kleon resume de forma simples algo que muitas vezes complicamos: o segredo para crescer criativamente é fazer um bom trabalho e, mais importante, colocá-lo no mundo. Parece óbvio, né? Mas, na prática, a gente hesita em compartilhar o que cria, seja por medo do julgamento, seja por pensar que “não está bom o suficiente.”
Kleon deixa claro: a excelência vem com a prática consistente. E aqui está o pulo do gato – você não precisa esperar ser perfeito para começar. Ele até menciona que ninguém começa como mestre em nada. Você vai errar, aprender e melhorar, mas só se estiver disposto a colocar a mão na massa. Quando li isso, lembrei de quantas vezes eu quis esperar até “ficar incrível” para mostrar algo. E a verdade é que, se eu não tivesse compartilhado, nunca teria recebido o feedback que me ajudou a evoluir.
Outro ponto que o Kleon enfatiza é que trabalhos incríveis não acontecem no vácuo. Ele usa o exemplo de artistas que só chegaram ao topo porque estavam dispostos a mostrar o que faziam, mesmo quando ainda estavam aprendendo. Esse ato de compartilhar – seja um texto, um desenho, uma ideia – é o que atrai conexões e oportunidades. Parece clichê, mas é real: as pessoas só podem reconhecer o seu talento se souberem que ele existe.
Quando comecei a compartilhar meus projetos, percebi o poder disso. Por exemplo, certa vez publiquei um texto que eu achava que não tinha nada de especial. Era um rascunho mais experimental, quase um desabafo criativo. Mas, para minha surpresa, ele acabou gerando muitas respostas. As pessoas me agradeceram, me deram dicas e até sugeriram novos rumos que eu não tinha imaginado. Foi aí que percebi o que Kleon quer dizer: compartilhar o trabalho cria um ciclo de aprendizado.
Ele também fala sobre a importância de ser consistente. Não adianta fazer algo incrível e desaparecer. É como uma planta que precisa ser regada – o trabalho criativo exige frequência. Além disso, ele nos encoraja a aproveitar as ferramentas da era digital. Vivemos em um tempo onde você pode compartilhar algo com o mundo inteiro em segundos, seja por um blog, uma rede social ou até mesmo um e-mail.
Mas a parte que mais me marcou foi o que ele diz sobre fazer o trabalho primeiro por si mesmo. Kleon ressalta que, ao focar em criar algo que você realmente acredita, o resto – como reconhecimento e retorno – vem como consequência. O importante é ser fiel ao processo, aprender enquanto faz e, claro, não esquecer de compartilhar.
Depois de absorver esse capítulo, comecei a repensar meu hábito de esconder projetos que não considerava prontos. Hoje, sempre que termino algo, mesmo que não seja perfeito, faço questão de publicar, mandar para alguém ou pedir feedback. E sabe o que descobri? Você não precisa ser impecável; você precisa ser presente.
Então, se tem algo que aprendi com esse capítulo, é que o segredo não está apenas em fazer um bom trabalho, mas em deixá-lo viver fora da sua cabeça. Cada criação compartilhada é uma nova oportunidade de crescer, conectar-se e ser visto.
Capítulo 7: A Geografia Não Manda Mais em Nós
Esse capítulo de Roube como um Artista foi como um lembrete poderoso de que vivemos em um dos momentos mais incríveis da história para quem quer criar, aprender e se conectar. Austin Kleon explica que, graças à internet, a geografia deixou de ser um obstáculo. Você não precisa estar em um grande centro cultural ou numa cidade cheia de oportunidades para fazer algo grandioso. Hoje, o mundo inteiro está a apenas um clique de distância.
Quando eu li isso, pensei em como a internet já transformou minha forma de trabalhar e me inspirar. Eu cresci acreditando que, para estar “no jogo”, era preciso viver em um lugar onde as coisas acontecem. São Paulo, Nova York, Londres… só os grandes centros pareciam o palco para o sucesso criativo. Mas Kleon desmonta essa ideia ao mostrar como a tecnologia eliminou essas barreiras. Agora, você pode aprender com os melhores, colaborar com mentes brilhantes e até vender suas criações para qualquer lugar do mundo – tudo sem sair da sua casa.
Ele conta que uma das chaves para isso é usar a internet não apenas como uma vitrine, mas como uma ponte. A ideia é se conectar com outras pessoas criativas que compartilhem interesses semelhantes. Isso pode ser tão simples quanto participar de um fórum, comentar em um blog ou mandar uma mensagem direta para alguém cujo trabalho você admira. E aqui vai um segredo: as pessoas estão muito mais acessíveis do que imaginamos. Quantas vezes eu já mandei uma mensagem despretensiosa para alguém que parecia “inalcançável” e recebi uma resposta cheia de generosidade?
Kleon também fala sobre a importância de construir sua comunidade online. Isso significa buscar gente com quem você se identifica, independentemente de onde estejam. Ele até menciona como alguns de seus grandes projetos só foram possíveis porque ele encontrou, pela internet, colaboradores e mentores que moravam do outro lado do mundo. Isso me fez pensar em como redes sociais, newsletters e até grupos de interesse no Reddit ou Discord podem ser ferramentas incríveis para ampliar nossos horizontes. Você não está mais limitado à sua vizinhança – o mundo todo pode ser sua rede de apoio criativo.
Outro ponto que me chamou atenção foi quando Kleon disse que não importa onde você está fisicamente, o que importa é o que você faz com o que tem. Ele dá o exemplo de artistas que transformaram ambientes aparentemente “desfavoráveis” em trampolins para a criatividade. A ideia é olhar para o que está ao seu redor com curiosidade, usar os recursos disponíveis e, quando necessário, buscar além – com a ajuda da tecnologia.
Eu também me identifiquei quando ele falou sobre como explorar outras culturas e formas de pensar pode expandir a nossa visão criativa. Ele sugere algo simples, mas transformador: siga pessoas de diferentes partes do mundo, leia blogs em outros idiomas (mesmo que com ajuda de um tradutor) e consuma arte que você nunca teria acesso antes. É uma forma de descobrir novos universos sem nem sair do lugar.
Desde que li esse capítulo, passei a usar a internet de um jeito mais intencional. Antes, eu via redes sociais e plataformas online apenas como entretenimento ou ferramenta de trabalho. Agora, vejo como elas podem ser portais para me conectar com pessoas e ideias que nunca imaginei. Já participei de workshops online com criativos de diferentes países, troquei ideias com artistas de culturas completamente diferentes e até colaborei em projetos que nunca teriam acontecido se a geografia ainda fosse uma barreira.
A lição mais importante desse capítulo? Não se limite pela ideia de que você precisa estar em um lugar específico para alcançar o que deseja. Use a internet para explorar, aprender e criar conexões que transcendem fronteiras. Afinal, a criatividade não tem endereço fixo – e agora, você também não precisa ter.
Capítulo 8: Seja Legal (O Mundo É Uma Cidade Pequena)
Quando cheguei a esse capítulo do livro Roube como um Artista, senti que Austin Kleon estava me dando um daqueles conselhos simples, mas que a gente precisa ouvir de tempos em tempos: ser legal ainda é uma das melhores estratégias para a vida e a criatividade. E aqui não tem truque ou segredo – é sobre tratar as pessoas com respeito, empatia e generosidade, porque, no final das contas, o mundo é mesmo uma cidade pequena.
Kleon reforça algo que já percebi ao longo da minha própria jornada: o jeito que você trata as pessoas pode abrir ou fechar portas. Não importa se é alguém influente ou alguém que acabou de começar; o respeito e a gentileza criam laços que vão além de qualquer resultado imediato. Ele compartilha histórias de como pequenos gestos de bondade podem levar a colaborações incríveis ou, no mínimo, a uma rede de suporte criativa.
Lembro de uma experiência minha que me fez enxergar isso de forma prática. Certa vez, em um projeto, precisei colaborar com um colega que era muito talentoso, mas novato na área. Eu poderia ter agido como alguém “superior”, mas decidi ajudá-lo, explicar algumas coisas e, principalmente, escutar suas ideias. Meses depois, ele me recomendou para um cliente gigante porque lembrou do meu apoio. Kleon explica que essas trocas humanas são a base para construir uma carreira – e uma vida – com conexões significativas.
Outro ponto que me marcou nesse capítulo foi quando ele disse que as pessoas se lembrarão de como você as fez sentir, muito mais do que das suas habilidades. É claro que você precisa ser bom no que faz, mas ninguém quer trabalhar com um gênio difícil. Ele usa uma metáfora interessante: “não seja o vampiro da energia criativa dos outros.” Ou seja, em vez de sugar o brilho alheio, seja alguém que inspira, que agrega, que faz com que o outro se sinta valorizado.
Kleon também dá uma dica prática que comecei a aplicar: elogie mais. Ele incentiva a ser generoso com palavras de reconhecimento, mesmo para quem você admira à distância. Não é só sobre receber algo em troca, mas sobre criar um ambiente mais positivo no universo criativo. Já experimentou mandar uma mensagem para um autor, ilustrador ou criador que você admira, dizendo o quanto o trabalho dele te impactou? Eu já fiz isso algumas vezes, e as respostas que recebi me surpreenderam. É incrível como pequenas atitudes podem gerar grandes conexões.
Por outro lado, ele também fala sobre o perigo de deixar o ego atrapalhar. Muitas vezes, o sucesso pode fazer as pessoas esquecerem de onde vieram ou tratarem outros com arrogância. Kleon alerta: o mundo criativo é menor do que parece, e você nunca sabe quem poderá cruzar seu caminho novamente. Alguém que você desrespeita hoje pode se tornar uma figura importante amanhã – ou, pior, pode compartilhar uma má impressão que se espalha rapidamente.
E aqui vai uma das frases mais impactantes do capítulo: “Não seja um idiota. Seja tão bom que ninguém possa ignorar você – mas também tão gentil que todo mundo queira trabalhar com você.” Isso ficou na minha cabeça porque resume perfeitamente o equilíbrio entre competência e humanidade.
Depois de ler esse capítulo, percebi que ser legal não é só uma questão de ética, mas também uma estratégia inteligente. Pessoas gostam de colaborar com quem é acessível, positivo e disposto a ajudar. E sabe do que mais? Ser assim não custa nada, mas pode render tudo.
Então, se tem algo que Kleon me ensinou aqui, é que o mundo criativo funciona como uma rede invisível de gentileza. Quanto mais você compartilha respeito e empatia, mais essas coisas voltam para você. Afinal, como ele mesmo diz, o mundo pode ser pequeno, mas um coração generoso faz com que ele pareça ainda menor.
Capítulo 9: Seja Chato: É a Única Forma de Terminar Algo
Confesso que quando li esse capítulo do livro Roube como um Artista, me peguei rindo. “Seja chato?” – pensei. Não parecia muito inspirador, mas logo percebi o quanto isso faz sentido. Austin Kleon não está dizendo que você precisa se transformar em uma pessoa entediante, mas sim que, para criar algo incrível, é necessário adotar uma certa disciplina e foco que, às vezes, pode parecer chato. E, olha, ele está certíssimo.
Sabe aquela ideia romântica de que a criatividade é só inspiração e momentos mágicos? Kleon desconstrói isso de um jeito muito direto. Ele explica que a inspiração pode até acender a chama, mas a disciplina é o combustível que mantém o fogo aceso. Ou seja, se você quer realmente finalizar um projeto – seja escrever um livro, pintar um quadro ou lançar um curso –, precisa aprender a se comprometer com o trabalho, mesmo quando ele parecer monótono.
Enquanto lia, me lembrei de um projeto de escrita que comecei super empolgado. Nos primeiros dias, tudo era novo e animador. Mas aí vieram os momentos difíceis: revisar, ajustar, reler mil vezes o mesmo parágrafo. Foi nessa fase que percebi o que Kleon queria dizer. A parte chata não é o inimigo – é um sinal de que você está progredindo, que está realmente dando forma à sua ideia.
O autor também traz um ponto interessante sobre organização. Não basta ter disciplina, você precisa planejar como e quando vai trabalhar no seu projeto. Ele sugere criar rotinas, definir horários e evitar distrações. Parece básico, mas é poderoso. Por exemplo, comecei a aplicar isso com uma simples mudança: deixei de esperar pelo “momento perfeito” para trabalhar e comecei a estabelecer metas diárias, mesmo que pequenas. Foi assim que finalmente terminei um projeto que estava parado há meses.
Outro detalhe que me marcou é como Kleon valoriza dizer não para aquilo que tira seu foco. Ele explica que ser criativo muitas vezes significa abrir mão de algumas coisas para priorizar o que realmente importa. Isso pode significar menos tempo nas redes sociais, menos compromissos desnecessários e mais tempo dedicado ao que você quer criar. E vou te contar, quando comecei a aplicar isso, senti uma liberdade enorme. É como se cada “não” fosse um investimento no meu futuro criativo.
Mas talvez o maior aprendizado desse capítulo seja sobre o papel da persistência. Kleon usa uma metáfora interessante: terminar algo é como atravessar uma floresta. No começo, tudo parece bonito e emocionante, mas no meio do caminho, você se sente perdido, cansado e até tentado a desistir. É aqui que entra a disciplina: mesmo sem vontade, você dá mais um passo. E depois mais outro. Até que, de repente, você chega ao final e percebe que todo o esforço valeu a pena.
Para complementar, ele sugere que você celebre as pequenas vitórias ao longo do processo. Concluir uma etapa, resolver um problema complicado ou até mesmo passar mais um dia sem abandonar o projeto são motivos para comemorar. Isso mantém sua motivação viva e ajuda a lembrar que cada passo importa.
Uma frase que ficou na minha mente desse capítulo foi: “Criatividade não é sobre inspiração o tempo todo – é sobre consistência.” E sabe o que mais? Ele está absolutamente certo. Finalizar algo exige mais do que paixão; exige compromisso, mesmo quando o processo parece enfadonho.
Seja chato, sim. Diga não para distrações, planeje seu tempo e continue, mesmo que o caminho pareça repetitivo. Porque, no final, não há nada mais recompensador do que olhar para o seu trabalho concluído e saber que você deu o seu melhor. Essa é a verdadeira magia do processo criativo.
Capítulo 10: Criatividade é Subtração
Esse capítulo, “Criatividade é Subtração”, me fez pensar profundamente sobre como muitas vezes, em nossa busca por mais, acabamos nos afastando do que realmente importa. Antes de ler, eu costumava pensar que para ser criativo era preciso ter tudo à disposição: ferramentas, recursos, ideias, opções infinitas. Quanto mais, melhor, certo? Mas Kleon vira essa ideia de cabeça para baixo e me mostrou que menos realmente pode ser mais quando o assunto é criatividade.
A primeira coisa que me chamou atenção foi a forma como ele conecta a criatividade à subtração. No livro, ele fala sobre o conceito de que limitar suas opções pode, na verdade, liberar sua criatividade. Pareceu contraditório à primeira vista, mas à medida que fui refletindo, comecei a entender. Quando temos demasiadas ferramentas ou opções, nos tornamos paralisados, sem saber por onde começar. A mente fica cheia de possibilidades, e, ao invés de criar, ficamos apenas planejando e sonhando.
Kleon menciona, por exemplo, artistas e designers que usam o conceito de subtração de maneira brilhante. Em vez de criar algo grandioso com todos os recursos disponíveis, eles limitam as ferramentas e, com isso, são forçados a ser mais criativos. Eles usam, muitas vezes, apenas um estilo, uma paleta de cores ou um único instrumento. E é justamente essa limitação que estimula a inovação.
Isso me lembrou de uma situação que passei um tempo atrás, quando estava trabalhando em um projeto de design gráfico. No começo, eu me perdi nas infinitas fontes, texturas, e efeitos. Queria adicionar um pouco de tudo, mas o resultado final era confuso e sem foco. Foi quando decidi limitar as fontes a apenas duas e escolher uma paleta de cores simples que percebi a verdadeira magia acontecer. De repente, as ideias começaram a fluir com mais facilidade. O que parecia uma limitação se tornou uma oportunidade de explorar mais profundamente cada elemento, sem sobrecarregar o projeto.
Kleon também fala sobre como a restrição de recursos pode ajudar você a se concentrar no que realmente importa e refinar a qualidade do seu trabalho. Ele sugere que, em vez de se perder tentando ter tudo, é mais eficaz focar no essencial. Como ele mesmo diz: “Corte o que não é necessário para que o que resta tenha mais impacto.” Isso me fez refletir sobre o quanto nossa busca por “mais” muitas vezes resulta em “menos”. Menos profundidade, menos autenticidade e, no final, menos conexão com o que realmente queremos expressar.
Esse princípio de subtração também se aplica em nosso dia a dia criativo. Por exemplo, no momento de escrever, frequentemente me pego querendo usar palavras complexas, frases longas e conceitos rebuscados, achando que isso adiciona valor. Mas o que Kleon me ensinou é que, na maioria das vezes, menos palavras, mais objetividade é o caminho para uma comunicação mais clara e impactante. Ao limitar as opções, você permite que a mensagem se destaque, sem distrações desnecessárias.
Um exemplo clássico que Kleon compartilha no livro é sobre o trabalho de Steve Jobs. Ele foi mestre em subtrair tudo o que não fosse essencial, criando produtos simplificados e intuitivos. Cada detalhe, cada funcionalidade, foi pensado para oferecer a experiência mais direta e eficiente possível. Isso, claro, é um reflexo da filosofia do próprio Jobs, que acreditava profundamente no poder da simplicidade.
Eu, pessoalmente, comecei a aplicar esse conceito em vários aspectos do meu trabalho. Uma prática simples, mas que tem funcionado bem, é limitar o número de aplicativos ou ferramentas que uso para criar conteúdo. Às vezes, menos é mais, e, ao tirar as distrações, conseguimos nos concentrar no que realmente importa. Digo não à sobrecarga de informações e vou direto ao ponto, aproveitando o que já tenho à mão, sem a necessidade de buscar algo novo a cada momento.
Kleon finaliza esse capítulo com uma frase poderosa: “A verdadeira criatividade começa onde termina a abundância.” Essa mensagem ressoou profundamente comigo. Ao aprender a trabalhar dentro dos meus próprios limites, comecei a entender que a criatividade não vem do excesso, mas da capacidade de criar algo significativo dentro do que temos disponível. Afinal, a simplicidade é, muitas vezes, a chave para a inovação.
Se você nunca tentou se limitar, eu realmente sugiro que experimente. Escolha apenas algumas ferramentas, estabeleça um foco claro e veja como sua criatividade vai florescer de uma forma que você talvez nunca tenha imaginado antes. Menos realmente pode ser mais, e isso, por si só, é uma grande lição criativa.
Conclusão do Resumo do Livro Roube Como um Artista
Ao longo deste artigo, exploramos as ideias fundamentais do livro Roube Como Um Artista de Austin Kleon. O autor nos desafia a repensar o processo criativo, mostrando que a criatividade não é um dom raro e inacessível, mas uma prática constante e, muitas vezes, colaborativa. Kleon nos ensina que a inspiração está em toda parte, e o verdadeiro segredo para criar não é esperar pela ideia original, mas “roubar” boas ideias e transformá-las em algo único.
Uma das lições mais poderosas do livro é sobre não esperar estar 100% pronto para começar. A criação é, na verdade, uma jornada de autodescoberta — você vai encontrar seu estilo ao longo do caminho, falhando e aprendendo. A ideia de que você deve “escrever o livro que você quer ler” ressoou comigo profundamente. Muitas vezes, criamos apenas o que já existe, mas o verdadeiro valor está em preencher as lacunas, criando algo que você mesmo gostaria de consumir.
Outro conceito essencial que Kleon compartilha é a importância de mover-se além da tela digital, desconectando-se para voltar ao físico. Usar as mãos, escrever à mão ou trabalhar com materiais tangíveis abre espaço para uma criatividade mais genuína e orgânica. Além disso, trabalhar em projetos paralelos e ter hobbies também são formas de alimentar a criatividade. Esses interesses extras podem trazer novas ideias para a sua arte principal, ajudando você a manter o fluxo criativo vivo.
O autor ainda nos lembra de compartilhar nosso trabalho com o mundo. A prática constante e a exposição do que criamos são essenciais para o crescimento e a atração de novas oportunidades. Também é fundamental construir relacionamentos positivos, pois a criatividade muitas vezes é catalisada pela troca de ideias e o aprendizado com outros.
Uma das últimas lições do livro que mais me marcou é sobre fazer o trabalho e ser persistente, mesmo quando não sentimos que somos bons o suficiente. A criatividade também é sobre disciplina. Por fim, Kleon destaca que criatividade é subtração — ao limitar ferramentas e recursos, nos forçamos a explorar novas possibilidades e encontrar soluções mais simples e elegantes.
Agora, refletindo sobre tudo o que aprendi, sinto que a aplicação desses conceitos no meu dia a dia pode realmente transformar a forma como crio e me expresso. A criatividade não precisa ser algo inatingível ou reservado para um grupo seleto. Ao adotar o mantra “Roube como um artista”, posso me permitir ser mais audacioso, mais livre e, o mais importante, criar sem medo de falhar ou parecer um “plagiador”. Afinal, o único caminho para criar algo novo é começar a criar.
Então, roube como um artista e crie sem medo. O mundo está cheio de inspiração esperando para ser descoberta, absorvida e transformada. Aproveite a oportunidade para dar o seu toque único ao que já existe e compartilhe sua arte com o mundo. Quem sabe, sua criação será a próxima a inspirar outro artista.
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